quinta-feira, 19 de outubro de 2017
Por cima da minha cabeça passava o norte agudo.
Eu amo o sopro do vento como o rugido do mar.
Porque o vento e o oceano são as duas únicas expressões sublimes do Verbo de Deus, escritas na face da terra quando ela ainda se chamava o caos.
Depois é que surgiu o homem e a podridão, a árvore e o verme, a bonina e o emurchecer.
E o vento e o mar viram nascer o gênero humano, crescer a selva, florescer a primavera; - e passaram, e sorriram-se.
E Depois viram as gerações reclinadas nos campos do sepulcro, as árvores derribadas nos fundos dos vales, secas e carcomidas, a flores pendidas e murchas pelos raios do sol de estio, - e passaram-se e sorriram-se.
Que tinham eles de feito com essas existências, mais passageiras e incertas que as correntezas de um e que as ondas buliçosas de outro?
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